Principais Estilos Brasileiros
Música Indígena
Na época do descobrimento do Brasil
as músicas das muitas tribos são executadas em solos e coros, acompanhados pela
dança, bater das palmas, dos pés, flautas, apitos, cornetas, chocalhos, varetas
e tambores.
A Influência Africana
Em 1538 chegaram os primeiros
escravos trazidos da África trazendo suas músicas, danças, idiomas, macumba e
candomblé – criando a base primordial de uma nova etapa fundamental na história
inicial da música brasileira. Outros estilos musicais africanos Em 1630 a cultura
musical africana dos escravos negros é preservada e desenvolvida através dos
Quilombos. Surgem as primeiras novas formas de uma música afro-brasileira, que
desenvolveria o afoxé, jongo, lundu, maracatu, maxixe, samba e outros gêneros
futuros.
A Influência Católica
Em 1549 chegam os primeiras missões dos jesuítas
portugueses no Brasil , os padres passam a introduzir as noções elementares da
música européia aos índios e a apresentar seus instrumentos musicais, num
primeiro contato importante de fusão e influências na nascente história da
música brasileira. A partir dos rituais religiosos das missões jesuítas nascem
os primeiros cultos folclóricos populares dos habitantes locais como o
'reisado' e o 'bumba-meu-boi'. A música sacra, as melancólicas baladas e as
modas portuguesas contribuem para a formação da música brasileira.
Música dos Barbeiros
Em meados do século XVIII, surgem, no Rio de Janeiro
e Bahia, as lendárias e divertidas músicas de barbeiros. Segundo estudiosos,
essa seria a primeira verdadeira manifestação de uma música popular brasileira
instrumental de entretenimento público.Eles interpretavam – muito à sua maneira
livre – fandangos, dobrados, quadrilhas, lundus e polcas num repertório bem
diverso. Da música desses deselegantes mas charmosos barbeiros descalços,
nasceriam os 'ternos', as bandas de coreto, as militares e o choro. Elas
existiriam até meados do século seguinte.
Modinha
Em 1750 surge até então o mais importante
gênero musical – a modinha –, criado em Portugal, e responsável pelos aspectos
melódicos e românticos na música brasileira, de grande influência até a Nova
República, no início do século XIX.
Lundu
Em 1780, é um dos elementos embrionários de
formação do futuro samba, gênero musical trazido dos escravos bantos do Congo e
Angola.
Polca
No dia 3 de julho, é apresentada pela primeira vez a
polca, no Rio de Janeiro, dança rústica da Boêmia Depois da apresentação
brasileira, a polca vira a nova febre carioca. Além de dança de salão, o gênero
invade teatros e ruas, tornando-se popular através dos próximos grupos de choro
e grupos carnavalescos .
Rancho Carnavalesco
Em 1870 surgiu no Rio de Janeiro o primeiro rancho
carnavalesco. A partir de então, esboça-se os primeiros traços do samba através
do batuque de origem africana.
Ópera no Barsil
O maestro-compositor brasileiro paulista Carlos
Gomes (1836-1896) – compõe a ópera O Guarani –baseado na romance de José de
Alencar.Com ela, pela primeira vez, nascia o Brasil para o mundo musical.
Carlos Gomes foi, sem dúvida, o maior compositor das Américas no século XIX.
Maxixe
Em 1875 nasce o maxixe – a primeira dança de par e
gênero musical modernos genuinamente brasileiros. Ele surge da mistura do lundu
com o tango argentino, a habanera cubana e a polca. O maxixe foi considerado
tão escandaloso e polêmico quanto o lundu.
Em 1914 durante a Primeira Grande Guerra, e pela
primeira vez em sua história, a música brasileira chama a atenção da Europa com
o estilo embrionário e provocativo do samba – o maxixe –, que se torna um dos
maiores sucessos de dança no velho continente até 1922.
Frevo
Em 1890 Surge o frevo em Recife, Pernambuco. Um dos
mais importantes gêneros musicais e danças do país. O frevo nasce da
polca-marcha o ritmo é frenético e contagiante, de coreografia individual
improvisada e inspirada na capoeira, apoiada no uso de sombrinhas e
guarda-chuvas.
Marcha Carnavalesca
Em 1899 a pioneira compositora carioca de classe
média Chiquinha Gonzaga (1847-1935) – a primeira mulher a reger uma orquestra
no Brasil (em 1885) –, compõe a primeira marcha carnavalesca da história da
música brasileira chamada "Ô Abre Alas", um enorme sucesso e
de grande influência na consolidação das bases iniciais da música popular
brasileira.
Candomblé e Umbanda
Em 1900 os ritmos do candomblé e umbanda são
oficialmente aceitos como parte integrante da cultura brasileira. Preservam-se
as músicas, escalas musicais, instrumentos como agogô, cuíca, atabaque, e suas
ricas bases polirítmicas.
Samba
Samba-canção, samba de breque, samba de roda, samba
enredo, samba rock. Característica marcante do Brasil, o samba não para de
crescer e de se reinventar. De origem afro-baiana, o ritmo descende do lundu
era usado nas festas dos terreiros entre umbigadas e pernadas de capoeira. No
início do século XX, foi adotado por compositores como Ernesto Nazareth, Noel
Rosa, Cartola e Donga, que o retiraram da obscuridade e o legitimaram na
cultura oficial.
O samba deriva de diversos ritmos africanos e seu
nome vem da palavra "semba", que quer dizer "umbigada", ou
dança de roda onde os participantes se tocam pela barriga. Ao longo do século
20, o samba evoluiu e ganhou várias formas, como o samba-canção, o samba de
breque, o samba enredo e, mais recentemente, o pagode. Como se disse antes, o
samba tornou-se um símbolo do Brasil e sua maior expressão se dá no carnaval,
em especial do Rio de Janeiro e, mais recentemente, também em São Paulo.
Baião, Xote e Xaxado
O baião, segundo o folclorista Câmara Cascudo,
associa os termos "baiano" e "rojão", pequenos trechos
musicais executados por viola, no intervalo dos desafios entre os cantadores de
improviso. Mas o gênero consagrou-se e ganhou novas características quando o
sanfoneiro pernambucano Luiz Gonzaga ) popularizou-o através do rádio em todo o
Brasil. É este o ritmo que predomina hoje nos forrós.
O xote é um ritmo mais lento, para se dançar a dois,
de origem alemã, mas que se radicou no Nordeste e mistura os passos de valsa e
de polca. Quanto ao xaxado, originalmente, era uma dança exclusivamente
masculina, executada pelos cangaceiros, sem acompanhamento instrumental para o
canto, com o ritmo marcado pela coronha dos rifles, batidos no chão. O nome
xaxado deve ser uma onomatopéia do xá-xá-xá que faziam as alpercatas de couro
ao se arrastarem no chão. A dança, difundida por Lampião e seu bando, dispensava
a presença feminina. Segundo Luiz Gonzaga, "nessa dança, a dama é o
rifle".
Maracatu
Tem origem negra e religiosa. Grupos de negros
acompanhavam os reis do Congo, eleitos pelos escravos, que eram coroados nas
igrejas, em que depois faziam um batuque em homenagem à padroeira ou, em
especial, a Nossa Senhora do Rosário, padroeira dos homens negros. A tradição
religiosa se perdeu e o grupo convergiu para o carnaval, mas conservou
elementos próprios, diferentes dos de outros cordões ou blocos carnavalescos. À
frente do grupo vão rei e rainha, príncipes, embaixadores, dançarinas e
indígenas. Não há enredo. Simplesmente se desfila ao ritmo dos tambores. O
ritmo surgiu em Pernambuco, mas também se encontra em outros estados do
Nordeste.
Coco, lundu e maxixe
Outra dança tradicional do Nordeste e do Norte, o
coco, tem origem incerta: alguns dizem que veio da África com os escravos, e há
quem defenda ser ela o resultado do encontro entre as culturas negra e índia.
Apesar de freqüente no litoral, o coco teria surgido no Quilombo dos Palmares,
a partir do ritmo em que os cocos eram quebrados para a retirada da amêndoa. A
sua forma musical é cantada, com acompanhamento de um ganzá ou pandeiro e da
batida dos pés. Também conhecido como samba, pagode ou zambê, o coco
originalmente se dá em uma roda de dançadores e tocadores, que giram e batem
palmas.
Já o lundu foi o primeiro gênero afro-brasileiro de
canção popular. Originalmente era uma dança sensual praticada por negros e
mulatos em rodas de batuque, fixando-se como canção apenas no final do século
18. Posteriormente, no século 19, com harmonização erudita, chegou aos salões
das elites cariocas. Contudo, o ritmo desapareceu no início do século 20, ou
melhor, misturou-se ao tango e à polca e deu origem ao maxixe ). Este apareceu
entre 1870 e 1880, como dança, e tornou-se gênero musical por volta de 1902.
Apesar de o tambor e os instrumentos de percussão,
em geral, serem bem conhecidos dos portugueses, foram os africanos que
introduziram no país a maior variedade que deles existe hoje, além das danças
que têm na percussão a sua essência, caso do Tambor-de-crioulo. Este compõe-se
de uma série de cantos e dança, ao som de triângulo, cabaça e tambores.
Forró
O nome forró deriva de forrobodó, "divertimento
pagodeiro", segundo o folclorista Câmara Cascudo. O forró era em sua
origem um baile animado por vários gêneros musicais, como o baião, o xote, e o
xaxado. Nesse sentido, também era conhecido como "arrasta-pé" ou
"bate-chinela". O forró, hoje, é praticamente um gênero musical que
engloba os ritmos acima mencionados. Sua origem é osertão nordestino e os
instrumentos musicais utilizados são basicamente a sanfona ou acordeão, o
triângulo e a zabumba.
Alguns estudiosos atribuem a origem da palavra forró
à pronúncia abrasileirada dos bailes "for all" (para todos), que, no
começo do século, os engenheiros ingleses da estrada de ferro Great Western,
promoviam para os operários em Pernambuco, na Paraíba e em Alagoas.
Bossa Nova
Movimento urbano, originado no fim dos anos 50 em saraus
de universitários e músicos da classe média. De início era apenas uma forma
diferente de cantar o samba, mas logo incorporou elementos do Jazz e do
Impressionismo musical de Debussy e Ravel, e desenvolveu um contorno baseado na
voz e no piano ou violão. Entre os maiores nomes estão Nara Leão, Carlos Lyra,
João Gilberto, Vinicius de Moraes e Tom Jobim.
Choro
Gênero criado a partir da mistura de elementos das
danças de salão européias e da música popular portuguesa, com influências
africanas. Chiquinha Gonzaga foi a primeira pianista do gênero e, em 1897,
escreveu Corta-Jaca, uma das maiores contribuições ao repertório do choro.
Pixinguinha, Ernesto Nazareth e Waldir Azevedo foram outros grandes nomes do
choro no Brasil.
Rock and Roll
Em 1955 com fortes ecos dos Estados Unidos e
Inglaterra, o rock'n'roll aterrisa incipiente no país através de versões,
quando Nora Ney grava a versão Rock Around The Clock A
primeira grande estrela do gênero é Celly Campelo (1942-) com os hits Estúpido Cupido e Banho de Luajá no
início dos anos 60. O rock'n'roll populariza-se com outras versões de sucessos
norte-americanos
Rock Nacional
Rock brasileiro (conhecido no Brasil como rock nacional), que teve início no final da década de 1950, mas só começou a ter força na década de 1980.
MPB
A música popular brasileira (MPB) é um gênero
musical brasileiro. Apreciado principalmente pelas classes médias urbanas do
Brasil, a MPB surgiu a partir de 1966, com a segunda geração da Bossa Nova.
Jovem Guarda
Em 1965, o cantor Roberto Carlos é o Rei da
Juventude nacional na liderança do movimento Jovem Guarda, apresentando um
programa semanal homônimo de televisão, na TV Record, na capital de São Paulo,
ao lado de Erasmo Carlos, Wanderléa e convidados como Eduardo Araujo, Martinha,
Rosemary, Ronnie Von, Antonio Marcos. Enquanto gênero musical, a Jovem Guarda,
que surge em 1963, também ficou conhecida como yê-yê-yê – a versão brasileira
do rock mundial.
Música de Protesto
Em 1965, com a repressão e censura instauradas pelo
regime militar, configura-se o espírito para o surgimento das músicas de
protesto, Geraldo Vandré atingiu o ponto máximo de sua carreira com a então
clássica e polêmica canção Pra Não Dizer Que Não Falei das
Flores (1968).
Pop Rock
Em 1980-87, em busca de novas alternativas musicais
parte da elite da juventude brasileira de classe média provoca uma nova onda de
rock e pop apoiada no movimento pós-punk new wave, que domina totalmente o
cenário musical nacional. Daí, surgem Titãs, Paralamas do Sucesso, Legião
Urbana (Renato Russo), Barão Vermelho (Cazuza e Frejat), RPM (Paulo Ricardo),
Ultraje a Rigor, Kid Abelha, Engenheiros do Hawaii, Lobão, Biquini Cavadão,
Ratos de Porão (João Gordo), Inocentes e outros.
Vanerão
Assim como a vanera e a vanerinha, nasceu de uma
alteração da habanera. Ao lado do xote, do bugio e do fandango, tornou-se uma
das danças mais populares do Rio Grande do Sul e dos outros estados da região
sul, Santa Catarina e Paraná, devido à migração de gaúchos para outras terras.
Foi levada também a Mato Grosso do Sul pelos gaúchos
que para lá partiram em busca de novas fronteiras agrícolas no século XX. Hoje
pode-se encontrar grupos famosos responsáveis pelo ritmo na região
centro-oeste.
O vanerão também conhecido como limpa-banco, tendo o
andamento mais rápido do que a vanera, prestando-se ao virtuosísmo do gaiteiro
de gaita piano ou botonera (voz trocada), sendo assim muitas vezes um tema
instrumental. Quanto à forma musical, o vanerão pode ser construído em três
partes (rondó), utilizado em ritmos tradicionais brasileiros como o choro e a
valsa. Quando cantado, dependendo do andamento e da divisão rítmica da melodia,
exige boa e rápida dicção por parte dos intérpretes. O Vanerão com sua
vivacidade exige bastante energia, tantos dos músicos, como dos bailadores de
fandango.
Bugio
Estilo musical brasileiro, de compasso
binário, originário do estado do Rio Grande do Sul. O nome do ritmo e os movimentos executados na dança
são inspirados no bugio (Alouatta guariba clamitans), primata anteriormente
comum no interior gaúcho e hoje ameaçado de extinção. As origens da criação do
ritmo são controversas, sendo que algumas pessoas acreditam que tenha surgido
na tentativa de imitar o ronco do bugio usando o jogo de fole da gaita.
O bugio era um estilo musical restrito às classes
menos desenvolvidas da sociedade gaúcha, sendo aceita aos poucos pela alta
sociedade. A dança lembra os movimentos do bugio, com dois passos para cada
lado e um pequeno pulo lateral na passagem do segundo para o terceiro
movimento.
Atualmente, existem festivais dedicados ao bugio,
como o "Ronco do Bugio" em São Francisco de Paula e o "Querência
do Bugio" em São Francisco de Assis.
Chamamé
Gênero musical tradicional da província
de Corrientes, Argentina, apreciado também no Paraguai e em vários locais do
Brasil (i.e. nos estados do Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul) e em
outros países. Em sua origem se integram raízes culturais dos povos indígenas
guaranis, dos exploradores espanhóis e até de imigrantes italianos. Na
Argentina, o chamamé é dançado em compasso ternário, ou seja o chamamé valsado,
na língua indígena guarani, chamamé quer dizer improvisação.
O chamamé é o resultado do amor, da fusão de raças
(etnias), que misturadas com o tempo contaram a história do ser humano e de sua
paisagem, projetando-se inclusive para outras fronteiras. Utiliza o acordeão e
o violão como instrumentos principais.
Milonga
Estilo de música tradicional em várias
partes da América Latina e na Espanha. Deriva da habanera e da guajira cubana e
flamenca, assim como o tango. É o ritmo nacional da Argentina, do Uruguai e do
Rio Grande do Sul. É também conhecido por Molonga.
A milonga originou-se de uma forma de canto e dança
da Andaluzia, Espanha, que, nos fins do século XIX, popularizou-se nos
subúrbios de Montevidéu e Buenos Aires, nascendo assim o tango. Há versões que
atribuem origem africana, tanto que defendem que o termo milonga significaria
"palavras" em Bantu.
Também são chamados milongas os bailes onde se dança
o Tango e, por extensão, aos locais onde esses bailes se realizam.
Tradicionalmente, numa milonga baila-se o Tango, a milonga e o vals cruzado, ou
vals argentino (uma variante da valsa Vienense). Outros ritmos típicos que se
podem encontrar numa milonga, são chacarera e a zamba.
É a música pela qual, seus cantores sul-americanos
expressam suas emoções, geralmente de amor, juntamente com o chamamé.
Rancheira
Estilo musical brasileiro, originada
no meio rural. Apresenta variações regionais, sendo as mais importantes a
rancheira gaúcha, com marca da influência do ritmo do norte argentino, e a
rancheira sertaneja, originada no Sudeste do Brasil, mais especificamente no
interior paulista, com influência de ritmos bolivianos e paraguaios.
A rancheira é também o nome da forma de dançar
(bailar) que é adequada à música.
Fandango Caiçara
No litoral do Paraná e de
São Paulo, o fandango é um gênero musical e coreográfico fortemente associado
ao modo de vida da população caiçara. Sua prática sempre esteve vinculada à
organização de trabalhos coletivos - mutirões, puxirões ou pixiruns - nos
roçados, nas colheitas, nas puxadas de rede ou na construção de benfeitorias,
onde o organizador oferecia, como pagamento aos ajudantes voluntários, um
fandango, espécie de baile com comida farta. Para além dos mutirões, o fandango
era a principal diversão e momento de socialização das comunidades caiçaras,
estando presente em diversas festas religiosas, batizados, casamentos e, especialmente, no carnaval,
quando os quatro dias de festa eram realizados ao som dos instrumentos do
fandango.
Chimarrita
Também chamada chamarrita ou
limpabanco, é uma dança típica do folclore gaúcho. Originária dos Açores e Ilha
da Madeira, a chimarrita é uma das danças mais populares do fandango gaúcho.
Além do Rio Grande do Sul, a chimarrita também é
dançada e cantada nos estados de São Paulo e Paraná, ao som de
"harmônica" (gaita). Indumentária: traje à moda gaúcha.
Também se encontra a chimarrita no Uruguai, onde é
considerada um dos ritmos de raiz mais populares.
Música nativista
Gênero musical brasileiro
característico do Sul do Brasil e que tem como temas principais o amor pelas
coisas dos estados, pelo campo, pelo cavalo, pelos rios e pela mulher.
A música nativista é construída em cima de um
andamento mais lento e intimista, com letras em geral conotativas e
metafóricas.
Lambada
A lambada é um gênero musical surgido no Pará, na
década de 1970, tendo como base o carimbó e a guitarrada, influenciada por
ritmos como a cumbia e o merengue.
Samba Rock
Samba rock dança que surgiu da criatividade dos
freqüentadores dos bailes em casas de família e salões da periferia de São
Paulo no final da década de sessenta começo da década de setenta mesclando se
os movimentos
Sertanejo
O adjetivo
"sertanejo", originalmente, refere-se à cultura nordestina, do
interior, que encontrou vegetação e clima hostis, além da dominação política
dos "coronéis", obrigando a desenvolver uma cultura de resistência,
do matuto, legitimamente sertanejo, conhecedor da caatinga. Difere-se da
cultura caipira, originária na área que abrange o interior de São Paulo e os
Estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná..
É conhecida como "Caipira" ou
"sertaneja" a execução composta e executada das zonas rurais, do
campo, a antiga Moda de viola. Os caipiras, ou sertanejos, às vezes duplas ou
solo, utilizavam instrumentos artesanais e típicos do Brasil-colônia, como
viola, acordeão e gaita. Cornélio Pires é o primeiro grande promotor desta
música, foi ele o primeiro a conseguir, em 1928, que este estilo entrasse para
a discografia brasileira, sendo considerado o precursor dos sertanejos da
chamada cultura de massa. Ele gravou vários discos e popularizou a música
caipira no Brasil.
Axé
O Axé é um gênero musical surgido no estado da Bahia
na década de 1980, durante as manifestações populares do carnaval de
Salvador,que mistura Frevo pernambucano, forró, Maracatu, Reggae e Calipso, que
é derivado do Reggae.
No entanto, o termo Axé Music é utilizado
erroneamente para designar todos os ritmos de raízes africanas ou o estilo de
música de qualquer banda ou artista que provém da Bahia. Sabe-se hoje, que nem
toda música baiana é Axé, pois lá há o Olodum, um ritmo da África do Sul, Samba
de Roda e Pagode produzidos por algumas bandas, Calipso (gênero muscial),
proveniente do Pará e Samba-reggae, uma novidade.
A palavra "axé" é uma saudação religiosa
usada no candomblé e na umbanda, que significa energia positiva. Expressão
corrente no circuito musical soteropolitano, ela foi anexada à palavra da
língua inglesa music pelo jornalista Hagamenon Brito para formar um termo que
designaria pejorativamente aquela música dançante com aspirações
internacionais.
Funk Carioca
O funk carioca apesar do nome, é diferente do Funk
originário dos Estados Unidos. Isso ocorreu pois a partir dos anos 70 eram
realizados bailes 'black' ou bailes 'funk', com o tempo os DJs foram buscando
novos ritmos de música negra mas o nome original permaneceu. O funk carioca tem
uma influência direta do Miami Bass e do Freestyle.
Pop Eletrônico
Quase no final dos anos 90, presencia-se uma certa
corrida à chamada música pop eletrônica , mas novamente mais como efeito de
arranjos musicais, uma vez que o gênero tecno não admite vocal. À exemplo do
que ocorre nas grande capitais do mundo há dez anos, o Brasil começa a viver o
auge do culto aos DJs, que produzem as grandes festas ao ar livre chamadas de
'raves', ou em casas noturnas, e lançam CDs com remixagens e temas de suas
preferências. A remixagem, ou "remix" é uma das manifestações mais modernas do
momento.